
Abrindo este fio tenciono que todos os que estejam interessados em falar nas respetivas línguas do península podam faze-lo com total liberdade pra questons de calquer tipo (lingüísticas, culturais ou pra dizer parvadas, e em geral, tudo o que vos queirades), todos seredes bem-vindos sem importar a língua empregada; Galego-português, català-valèncià, aranès (gascó-occità), euskara-batua, bable, aragonés (las fablas) o castellano-imperialista-opresor (


Bem, vejamos como começo isto, que non e que seja moi organizado.
A ideia de abrir este fio surgiu com motivo duns comentários dos companheiros pepetrola e riot81 no sub-fórum geral falando da situaçom tam ruim na que se atopa o galego atualmente. Primeiro responderei ao que fai referência o diálogo deles e despois procederei a comentar exemplos concretos sobre a problemática que sofre o galego na coexistência com o castelam pra tentar criar um debate e chegarmos assim a alcanzar um maior conhecemento sobre as incorrecçons cotiás nas que incorremos sem decatarmo-nos. Isto também sucede, por exemplo, no catalam, aínda que em menor medida porque têm umha normalizaçom lingüística mais trabalhada e respeitosa com a língua própria do seu país.
Entom, dito o que tinha a dizer como introduçom, vamos lá.
Moi de acordo com o que di riot81. Pepe, dis que ainda bem (menos mal parece-me que é um castelanismo, mais disso já falarei despois, que por desgraça a meirande parte dos galegos os cometemos) que os siareiros galegos tenhem feito moitas campanhas em prol do galego, contudo, eu nesta época fui a catro jogos da equipa e parece-me lembrar que todos os cantos foram en castelam castiço (agora nom lembro nem sequer um que fosse em galego) e além disso, às vezes adicavam-se a cantar Puta Vigo, umha gran percentagem dos dous fundos, uns iniciando-o e os outros fazendo-lhes o coro, (galeguismo do caralho, se hai rivalidade, insulta a equipa, nom a toda a fodida cidade, que o que único fai e que fiquem coma uns pailans que misturam fútbol com política porque é moi chique, mais sem aprofundar na raiz) e gostaria que verdadeiramente se din que son galeguistas haja detrás uma base na que se sustente e nom seja simples questom de estética.riot81 escribió:Por cierto pepe, creo que está habiendo una campaña para que el club utilice "mas" el galego en sus campañas y se va a hacer campaña entre las peñas...lo digo porque el cartel esta en español, al igual que muchos rollos sacados por aficionados.....cosa que me revienta,jajaja.pepetrola escribió:Sip, eu tamén estou dacordo en que dende o clube deben utilizar máis o galego, porque menos xa é imposible.
Pero bueno, tampouco non é nada polo que vaiamos morrer se non se fai.riot81 escribió:Home, morrer fisicamente non, pero culturalmente si....identitariamente xa estamos nas ultimas....pepetrola escribió:Sip, eu tamén estou dacordo en que dende o clube deben utilizar máis o galego, porque menos xa é imposible.
Pero bueno, tampouco non é nada polo que vaiamos morrer se non se fai.Destes-me ânimo pra abrir un fio no sub-fórum de cultura, agardo-vos ali.pepetrola escribió:A ver, meu, o que quero dicir é que porque o clube non utilice o galego nas súas campañas, o idioma non vai morrer. Aínda que sería bonito ver como un signo tan importante da identidade cultural dos galegos, como é o idioma galego, fose utilizado polo meu clube como fan outros clubes galegos. Porque xunto co Celta, somos o clube deportivo máis importante da Galiza, e sería un exemplo a seguir e a ter moi enconta por e para a xente máis nova, que son quen máis se teñen que implicar en salvar o noso idioma e a nosa cultura.
Iso e unha das poucas cousas que fan que me avergoñe de ser do Dépor, pero mentres Lendoiro esteña aí, dudo moito que se consiga algo. Aínda que, menos mal, os siareiros si que están pola labor e incluso teñen feito moitas campañas a favor de que o galego sexa utilizado polo noso clube. E iso é o que temos que ter en conta.
Bem é agora, dito isto, ponho-me com um dos temas que queria tratar. Dentro de Espanha temos umha língua moi poderosa, que é o castelán, que fai com que as persoas que falam outras línguas do territorio podam perder parte do seu acervo cultural pola influência da língua com mais poder é considerada de prestígio de fronte a língua "regional", isto é (a efeitos práticos), de aldeia, de pailans ou coma um elemento folklórico que fica bem como curiosidade e pouco mais.
Já que viu-me a ideia de abrir o fio com motivo dum diálogo "futboleiro", comentarei varios erros que dam os comentaristas deportivos na nossa bem querida "Telegaita".
Plantexamento: bem, primeiro tenho de dizer que eu inclino-me polo uso do galego nom oficial, chamado de "Reintegrata" coloquialmente, e que ás vezes, este galego nom admite palavras sim admitidas polo galego oficial, o galego "xunteiro", que figeram um pastiche de galego-castelán (apanhando regionalismos de aqui e acolá) ou directamente inventando palavras artificialmente (beirarrúa) que parecen apanhadas do catalam ou que caralho sei eu donde.
Agora, "plantexamento" nom existe nem sequer no dicionário oficialista, é uma palavra que estam a usar por clara influência do castelam. Uma alternativa que ofereço eu é "enfoque", que é exactamente igual à castelá, mais isto nom é problema, porque neste caso sim que existe em galego, nom como essa trapalhada que lhes deu por dizer. Por sinal, também a usam nos telejornais e políticos coma Feijoo articula-na sem rubor algum.
Apreto: Num jogo do Dépor, o comentarista empregou este "palavro", suponho que porque como "mierda" em galego é "merda", entom "aprieto" deveria ser "apreto". Pois un caralho. A opçom que dou eu e "dificuldade".
Pôr em apretos (merda, ou mierda, pra o caso vem sendo o mesmo)
Pôr em dificuldades (tá legal, cara [galego do Brasil])
E despois, também pode-se observar nos comentários do ex-treinador Fernando Vázquez o problema de índole psicológica que têm certas persoas que sabendo falar com bastante fluidez em galego, empregam palavras directamente em castelam aínda que é seguro que atingem o nível cultural necessário pra saber que em galego nom é assim. Isto é o que sucede com os ditongos "ie" e "ue"
Nom é "siempre", é sempre.
Nom é "griego", é grego.
Nom é "fuerte", é forte.
(Estes son 3 exemplos de palavras que o ex-treinador de Compos e Celta, que é professor, parece que nom seja capaz de empregar correctamente na sua língua materna, polo que seguramente nom será problema de desconhecemento, senom de costume. Pola influência do castelam, seguramente de cativo dizia-as assim e agora já nom as cambia na fala espontânea)
Outros casos son:
Jueves, por Xoves
Bueno, por Bo(m)
Huevos, por Ovos
Despois está o problema da influência negativa dos mídia (sobretudo da nossa querida Telegaita) e do entorno embebido do castelam nos galego-falantes enxebres, que utilizando correctamente e melhor do que ninguém as estruturas genuínas do galego (como o infinitivo conjugado o pluscuamperfeito ou o futuro de subjuntivo), começam a meter palavras castelás galeguizadas ao estilo de "plantexamento", como podem ser "carreteira" em vez de "estrada", "conexo" em vez de "coelho" ou "xudia" em vez de "feixón" (ou "feijom").
Outra questom seria a reaçom contrária, o que em galego se denomina de "hiperenxebrismo", que consiste em galeguizar palavras que sendo idénticas ao castelam, a causa da ignoráncia e a desconfiança que gerou o progressiva desaprendizagem do galego que vinheramos a sofrer e que agora temos moitos galegos e que ficamos inseguros ao exprimir-nos em galego, com todas as lacunas causadas polo entorno castelanizador e o deficiente sistema de ensino que sofremos na Galiza a respeito da aprendizagem da língua própria.
Exemplos de hiperenxebrismos:
Piar (incorrecto, isto é o que fam os paxaros)
Pilar (correcto, assim pode-se denominar também às colunas)
Brilar (incorrecto)
Brillar (correcto, bom, melhor aínda "Brilhar", na minha opiniom)
Nom todas as palavras têm de perder umha "ele" com respeito a sua equivalente em castelam, a regra nom é essa, aínda que se passe em casos como "voar" em vez de "volar" ou "coar" em troques de "colar"
Destiño (incorrecto, isto é o que fai em castelam a roupa de cor)
Destino (correcto, assim vamos bem, auguro-lhe melhor destino ao galego)
Estrano (incorrecto)
Estraño (correcto. Reintegrata --> Estranho)
Gasoliña (incorrecto, nom é umha gasola pequena)
Gasolina (correcto)
Nem sempre o que em castelam é com "ene" tem que ser por forza com "ñ" (ou nh) em galego, às vezes mesmo temos puntos em comum com a língua imperialista (:D)
Hourizonte (incorrecto)
Horizonte (correcto)
Isto vem de outras palabras com letras parecidas que fan o ditongo "ou":
Chourizo (o Chouriço) em vez de "Chorizo"
Ourizo (o Ouriço) em vez de "Erizo"
Humán (incorrecto)
Humano (correcto)
Urbán (incorrecto)
Urbano (correcto)
Semán (incorrecto)
Semana (correcto)
Como "Irmán" (ou Irmam") em vez de "Hermano", extende-se incorrectamente a palavras com a mesma terminaçom en castelam.
Inconvinte (incorrecto)
Inconveniente (correcto)
Porque é "convén" (ou convem) em vez de "conviene", mais aqui, o sustantivo mantem a forma culta, que é com o ditongo.
Primaveira (incorrecto)
Primavera (correcto)
Sinceiro (incorrecto)
Sincero (correcto)
Porque hai palavras que fan ditongo "ei" quando em castelam têm somente umha "e".
Exemplos:
Compañero --> Compañeiro (ou Companheiro)
Obrero --> Obreiro
Primero --> Primeiro
Zoa (incorrecto)
Zona (correcto)
Abandoar (incorrecto)
abandonar (correcto)
Às vezes, no galego perde-se o "ene" intervocálico de certos verbos, mais nom sempre.
Um caso no que sim seria "Troar", em vez de "Tronar", mais hai outros casos em que o "ene" do castelam é comum ao galego, como os dous exemplos citados em riba.
Se calhar amanhá sigo, que acho que já escribi moito por hoje.